O que conta

Minha amiga contou-me sobre como um colega cristão lhe questionava sobre o partido político ao qual ela pertencia. Seu objetivo em fazer a pergunta parecia ser descobrir se concordavam em questões que atualmente dividem sua comunidade. No esforço para encontrar um ponto em comum entre eles, ela respondeu: “Como cristãos, prefiro focar em nossa unidade em Cristo”.
As opiniões também se dividiam nos dias de Paulo, embora sobre questões diferentes. Temas como quais alimentos comer e que dias eram sagrados causavam discordância entre eles. Apesar de estarem “plenamente convictos do que [faziam]” sobre qualquer posição que ocupassem, Paulo os lembra de seu ponto em comum: viver para Jesus (Romanos 14:5-9). Em vez de julgamentos mútuos, ele os encorajou a terem “como alvo a harmonia e [a procurar] edificar uns aos outros” (v.19). Em muitos países, as igrejas e comunidades estão divididas sobre questões grandes e pequenas. Podemos encaminhar uns aos outros à verdade unificadora da obra de Cristo na cruz para garantir a nossa vida com Ele eternamente. O lembrete de Paulo de que não devemos destruir “a obra de Deus” (v.20) com as nossas posições individuais é tão oportuno hoje como era há 2 mil anos. Em vez de julgar um ao outro, podemos agir com amor e viver de maneira que honre aos nossos irmãos e irmãs. Kirsten Holmberg - Pão Diário

Conselho sábio

Enquanto estudava no seminário, também trabalhava em tempo integral. Adicione a tudo isso uma capelania e estágio numa igreja! Eu estava muito ocupada e, quando meu pai me visitou, disse: “Você vai ter um colapso”. Dei de ombros pensando que ele era de outra geração e não entendia nada sobre “bater metas”. Não tive um colapso, mas caí em depressão. Desde então, aprendi a ouvir conselhos com mais cuidado.
Moisés também era diligente ao servir como juiz de Israel (Êxodo 18:13). No entanto, ele ouviu o aviso de seu sogro (vv.17-18). Jetro não estava inteirado de tudo, mas como amava Moisés e sua família, ele anteviu os problemas à frente. Talvez seja por isso que Moisés tenha sido capaz de ouvi-lo e seguir seu conselho. Moisés criou um sistema para que os homens capazes e honestos enfrentassem as disputas menores, e ele assumiu os casos mais difíceis (vv.21-22). Ele ouviu Jetro, reorganizou seu trabalho, compartilhou a carga e foi capaz de evitar a síndrome do burnout ou o esgotamento total naquele momento.
Muitos de nós levamos nosso trabalho por Deus, nossas famílias e outros a sério, apaixonadamente mesmo. Mas ainda precisamos seguir os conselhos de entes queridos e confiar na sabedoria e poder de Deus em tudo o que fazemos. Katara Patton - Pão Diário

O amor vale o risco

Quando um amigo encerrou nossa amizade sem explicação voltei ao meu antigo hábito de manter os amigos mais próximos. Ao processar minha dor, reli Os quatro amores de C. S. Lewis. O autor observa que o amor exige vulnerabilidade, afirmando que “não há investimento seguro” quando alguém se arrisca a amar. O autor sugere que amar “qualquer coisa fará seu coração se contorcer e possivelmente quebrantar”. Ler essas palavras mudou a forma como li o relato da terceira vez que Jesus apareceu aos Seus discípulos após Sua ressurreição (João 21:1-14), depois que Pedro o traiu não uma, mas três vezes (18:15-27).
Jesus disse: “Simão filho de João, você me ama mais do que estes?” (21:15).
Depois de experimentar a traição e rejeição, Jesus falou com Pedro com coragem, e não medo; força, e não fraqueza; altruísmo, e não desespero. Ele demonstrou misericórdia, e não ira, confirmando Sua vontade de amar.
O texto revela que “Pedro ficou triste porque Jesus [perguntou] pela terceira vez” (v.17): você me ama? “Mas quando Jesus pediu a Pedro para provar seu amor amando os outros (vv.15-17) e seguindo-o (v.19), convidou todos os Seus discípulos a arriscarem-se a amar incondicionalmente. Cada um de nós terá que responder quando Jesus perguntar: “Você me ama?” Nossa resposta afetará como amamos os outros. Xochitl Dixon - Pão Diário

Testemunha no local de trabalho

“Você está chateada que eu quero reduzir o tamanho do seu departamento?” O gerente da Evelyn lhe perguntou. “Não”. Ela apertou a mandíbula frustrada por isso parecer provocação. Ela tentava ajudar a empresa a atrair grupos de interesses diferentes, mas o espaço limitado tornara isso quase impossível. Evelyn resistiu às lágrimas e fez o que o gerente lhe pedira. Talvez ela não pudesse fazer as mudanças que esperava, mas ainda poderia fazer o seu trabalho com o melhor de sua capacidade.
Pedro instruiu os cristãos a submeterem-se “a todas as autoridades humanas” (1 Pedro 2:13). Conservar a integridade numa situação difícil no trabalho não é fácil. Mas Pedro nos dá uma razão para continuarmos a fazer o bem: “Procurem viver de maneira exemplar entre os que não creem. Assim, mesmo que eles os acusem de praticar o mal, verão seu comportamento correto e darão glória a Deus” (v.12). Ademais, isso nos ajuda a dar um exemplo divino aos cristãos que nos observam.
Se enfrentamos uma situação de trabalho verdadeiramente abusiva, talvez seja melhor sair, se isso for possível (1 Coríntios 7:21). Mas num ambiente seguro, com a ajuda do Espírito, façamos bem nosso trabalho lembrando-nos de que “Deus se agrada” disso (1 Pedro 2:20). Quando nos submetemos à autoridade, temos a oportunidade de dar aos outros razões para que sigam e glorifiquem a Deus. Julie Schwab - Pão Diário

Embaixada de Deus

Ludmilla, uma viúva de 82 anos, declarou que sua casa na República Tcheca era uma “Embaixada do Reino dos Céus”, dizendo: “Minha casa é uma extensão do reino de Cristo”. Ela recebe estranhos e amigos que sofrem e precisam de hospitalidade, às vezes provendo comida e abrigo, sempre com compaixão e orações. Ela confia no Espírito Santo para ajudá-la a cuidar de seus visitantes e se alegra com a maneira como Deus responde às suas orações.
Ludmilla serve a Jesus ao abrir sua casa e seu coração, diferentemente do proeminente líder religioso em cuja casa Jesus comeu num sábado. Jesus disse ao mestre da lei que ele deveria receber “os pobres, os aleijados, os mancos e os cegos” em sua casa — e não aqueles que poderiam “lhe retribuir” (Lucas 14:13). Embora as observações de Jesus impliquem que o fariseu tenha recebido Jesus por orgulho (v.12), Ludmilla, tantos anos depois, convida as pessoas à sua casa para que ela possa ser “um instrumento do amor de Deus e Sua sabedoria”.
Servir os outros com humildade é uma forma de sermos “representantes do reino dos céus”, como diz Ludmilla. Quer possamos ou não prover uma cama para estranhos, podemos colocar as necessidades dos outros antes das nossas, de maneiras diferentes e criativas. Como estenderemos o reino de Deus em nossa parte do mundo hoje? Amy Pye - Pão Diário